O morro dos ventos uivantes, Emily Brontë

Ventos Uivantes - Livro O morro dos ventos uivantes (Abril Cultural, tradução de Oscar Mendes, 1971, 313 páginas), de Emily Brontë é considerado um dos grandes clássicos da literatura e conta a história do amor conturbado entre Catherine e Heathcliff. Amor é mais uma força de expressão tal a capacidade destruidora dos sentimentos dos protagonistas.

A obra é narrada em terceira pessoa, e é escrita de tal forma que nos faz querer saber o desfecho de tão sombria e conturbada história.

Tudo começa quando Heatcliff ainda menino é levado para casa pelo Sr. Earnshaw, e é “adotado” pela família, a adoção se dá apenas por parte do próprio Sr. Earnshaw e por sua filha Catherine, pois seu primogênito o odeia. O amor entre Catherine e Heatcliff é intenso porém sombrio, as personagens se rendem aos seus caprichos, e colocam outros interesses acima deste amor, que dizem ser imenso.

Catherine tem um temperamento difícil, é geniosa, mimada e egocêntrica, Heathcliff é um anti-herói em sua acepção mais plena, é rude, grosseiro e rancoroso.

Heatcliff some após ouvir Catherine dizer que irá se casar com Edgar Linton, e só volta tempos depois, instalando-se, para surpresa de todos, no Morro dos ventos uivantes, propriedade de irmão de Catherine que é seu inimigo. Lá ele começa a criar um vínculo com Hareton, sobrinho de Catherine, e ardilosamente a se tornar dono da propriedade.

A história decorre com acontecimentos tão inusitados que espantam até os mais avisados sobre as particularidades do romance, como o casamento de Heathcliff com Isabel, cunhada de Catherine e a posterior fuga dela ou então o nascimento da filha de Catherine, sem que a gravidez tenha sido mencionada uma vez sequer.

É sem dúvida uma obra magistral, com um texto primoroso e que nos mostra que mesmo que não nos identifiquemos com as personagens, ou para além disso que as detestemos podemos perceber a grandeza de um livro em cada linha, em cada palavra!

 

Se tudo perecesse, mas ele ficasse, eu continuaria a existir. E, se tudo permanecesse e ele fosse aniquilado, o mundo inteiro se tornaria para mim uma coisa totalmente estranha. (…)

Passeando por ai encontrei uma árvore genealógica dos personagens do livro, eu que adoro genealogia achei bem legal 😀

 

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Essa foi a minha leitura para o Desafio Literário, cujo tema do mês de março era a leitura de um clássico da literatura universal.

O original de Alice

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Imagine poder ver o manuscrito original de “Alice no país das maravilhas”, escrito e ilustrado por Lewis Carrol, pois isso é possível em versão digital que a Biblioteca Britânica colocou à disposição dos leitores.

Esse manuscrito foi leiloado pela Alice, que ganhou o livro do próprio Carrol em 1864, e quem o comprou foi uma colecionador americano, só retornando à Inglaterra em 1948 pela ação de um grupo de benfeitores.

Para publicar, Carroll reescreveu a história e removeu algumas das referências pessoais que fez à família de Alice. Adicionou dois capítulos e lançou o livro com ilustrações do artista John Tenniel (1820-1914).

Quer conferir então vá aqui.

 

estrelinhas coloridas…