Lumos

# Lumos Maxima

1 – “Os contos de Beedle, o Bardo”, J.K. Rowling – a colaboradora Cleonice, fez lá no blog do Meia Palavra a melhor resenha que já li sobre o livro.

2 – 10 dos melhores livros escritos na prisão – uma relação com os 10 melhores livros escritos na prisão. É incrível ver como a sociedade gosta de prender seus artistas.

3 – A literatura para crianças vista de perto – Peter Hunt fala sobre o gênero e discute seu futuro na internet, no blog Pequenos Leitores.

4 – Estante de livros flutuante – PAP em inglês mostra como fazer usando um livro de verdade

5 – Detetives – Tony Bellotto fala de detetives famosos na literatura

# Nox

O livro dos contos enfeitiçados

“- Na boa Fabrício… – ela o interrompeu – … se eu fosse você não saía por aí contando essa história ri-dí-cu-la. Você vai acabar tomando um processo da J.K. Rowling por plagiar Harry Potter.”

O livro dos contos enfeitiçados, reúne sete histórias totalmente diversas unidas unicamente pela magia, esse componente em comum não torna os contos repetitivos, pelo contrário, a autora criou histórias totalmente independentes entre si.

Os contos trazem diversos tipos de magia, nos desejos de uma garotinha que adora amarelo e nem tem consciência da consequência dos seus atos ela se apresenta em estado bruto e aterroriza com a verdade no conto de abertura, indefectivelmente chamado “Amarelo, amarelo”, é impossível ficar indiferente à descoberta da verdade. O humor se faz presente no divertido “Eu detesto futebol”, que mostra um grupo de bruxas que decidem fazer algo contra o esporte que tanto inferniza suas vidas, é hilário quando elas descobrem que o tiro saiu pela culatra.

A magia mostra a sua forma mais pura e poderosa no conto “O verdadeiro poder” pois ela advém do sentimento de doação e amor, apesar da grandiosidade da magia contida nele foi o conto que menos me tocou, em contraponto com ele já na sequência nos deparamos com “O olho vermelho” que é sombrio e opressor nos mostrando que a magia pode se revestir de um simulacro de candura apenas para esconder a sua perversidade, esse conto é daqueles de dar um friozinho na barriga, primeiro ficamos pensando em loucura, depois vamos percebendo que não é bem assim e puft! Lá está ela, a magia.

Os três últimos contos do livro foram os que mais me agradaram, “Final Feliz” é um típico conto de fadas pontuado de bom humor e sarcasmo, dele emana uma sutil alegoria da nossa sociedade que me fez rir muito. Os conselho do Mago da Mata ajudando a princesa são hilários. “O livro dos contos enfeitiçados” é o conto que empresta o título ao livro e mais uma vez voltamos aquele suspense e terror que vão crescendo a cada página e que culminam numa surpresa, digamos assim peculiar, nem em meus mais delirantes devaneios teria imaginado o desfecho desse conto. O último conto, “Sofia” me pareceu uma lenda medieval revisitada, temos lá a moça que não sabe que é bruxa, mas detém um poder muito grande, a bruxa-vilã super malvada, temos o bruxo-mocinho e temos um grande embate, mas não digo isso de maneira depreciativa não, a autora conseguiu imprimir uma personalidade muito própria ao conto, e me fisgou com uma referência pra lá de divertida à série Harry Potter (essa mesma que abriu a resenha), e com personagens cativantes.

A característica que mais gosto nos contos são que por causa do seu tamanho reduzido eles não permitem que o autor enrole muito, que se dedique a fazer digressões totalmente desnecessárias, e a Marta mesmo no conto mais longo do livro tem um escrita leve e fluída, fazendo com que a leitura se torne muito agradável.

estrelinhas coloridas…

Lumos

# lumos maxima

1 – Resenha batuta de Os contos de Beedle, o bardo, J.K. Rowling, lá no blog do Meia Palavra.

2 – O futuro do mercado editorial pelos olhos dos editores – artigo escrito pela Izze, a partir das observações dela em uma webconferência no curso A Trajetória do Livro e da Edição.

3 – Os livros que eles não escreveram, mas, gostariam (ou não) de ter escrito – saiba qual livro alguns escritores, gostariam de ter escrito.

4 – Edgar Allan Poe em ilustrações e filme raros – para os fãs do escritor a L&PM fez uma descoberta incrível.

5 – Aventuras de Sharpe – Em entrevista para o blog Sobrecapas, o designer Marcelo Martinez, fala sobre o processo de criação das capas da série: As aventuras de Sharpe, Bernard Cornwell.

#nox

Uma pequena vitória contra os plágios de tradução

Quem acompanha o blog há um certo tempo já conhece o trabalho da Denise Bottmann em seu blog Não gosto de plágio, no qual ela faz um incansável serviço de utilidade pública apontando casos de plágios de tradução, esse mês tivemos uma boa notícia em relação a um destes casos pois o Ministério Público Federal deteminou a instauração de inquérito civil público contra o caso de duas traduções de Monteiro Lobato que a Martin Claret usou indevidamente.

Quem quiser saber mais sobre o assunto sugiro que dê uma conferida no blog Não gosto de plágio. O portal IG também fez uma matéria sobre o caso.

estrelinhas coloridas…

Jornada pelo Rio Mar

No ano de 1910, Maia um menina órfã de 13 anos e sua governanta a srta. Minton viajam de navio com destino à cidade de Manaus para morarem com tios distantes da menina. Durante a longa viagem elas conhecem um menino chamado Clóvis e que faz parte de um grupo de teatro e que coincidentemente irá se apresentar no teatro municipal de Manaus, ele detesta a vida que leva e sonha em voltar para a Inglaterra a todo custo, já ela está maravilhada com a possibilidade de conhecer um mundo totalmente novo e principalmente para conviver com suas primas gêmeas. Mas para tristeza de Maia e assombro da srta. Minton a família Carter tenta a todo custo manter o mesmo estilo de vida que tinha na Inglaterra, bem no meio da Floresta Amazônica. Beatrice e Gwendolyn logo mostram do que são capazes e Maia percebe que os motivos que levaram seus parentes a aceitá-la em seu convívio são puramente financeiros. Mesmo com a marcação cerrada da tia, a menina logo se aventura a conhecer mais aquela terra e se apaixona pela riqueza da floresta, pelos habitantes e pelos índios e por conta dessa curiosidade e paixão ela vai viver experiências nunca antes imaginadas.

Esse livro está há séculos aqui na estante, nem me lembro mais porque comprei ele, mas que bom que coloquei ele como leitura do Desafio Literário e pude finalmente me deliciar com esta história encantadora.

Uma coisa que achei interessante foi que a autora conta na orelha do livro o que a levou a escrever a história:

“Um amigo que viajara pelo Brasil me contou que na, cidade de Manaus, havia um fantástico teatro com capim nascendo através das rachaduras na pedra e macacos araguatos guinchando no telhado, apenas a mil e seiscentos quilômetros da embocadura do rio Amazonas. Senti que eu havia encontrado uma coisa realmente minha. Durante anos pesquisei sobre aquela região. Fiquei conhecendo os ‘barões da borracha’ que foram para lá no início do século XX. Foram eles que construíram Manaus e mandaram buscar artistas famosos para se exibirem no teatro. No entanto, o tempo todo, a selva indomável se encontrava no umbral da porta, esperando para tomar conta, se eles se descuidassem…”

Ainda bem que esse amigo dela viajou para o Brasil e contou para ela como era Manaus, e mais ainda que a Eva se apaixonasse tanto porque quem ganhou fui eu como leitora que tive o prazer de ler esta história encantadora.

Maia é uma menina apaixonante, ela é curiosa, passional e livre. É uma menina a frente do seu tempo, que teve a sorte de encontrar pessoas raras que a ajudaram a seguir seus sonhos.

Esta leitura é a terceira dentro da temática Infanto-juvenil que corresponde ao mês de janeiro para o Desafio Literário 2011 e com ela eu cumpro a minha meta deste mês, e que venham as leituras de fevereiro 😉

Primeiro livro – O mistério da Ilha de Tökland, Joan Manuel Gisbert

Segundo livro – A maldição da moleira, Índigo