Revolução, livros e ex libris

O que a Revolução Constitucionalista de 32 tem haver com bibliofilia? Não sabe? Pois então te digo que elas tem um ex libris em comum, vem comigo:

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o jornal O Estado de São Paulo buscou, por meio de uma campanha em suas páginas, a doação de livros. O objetivo não era recolher fundos para a causa constitucionalista, afinal já existia uma campanha para isso: “Ouro para a revolução”. Os recursos destinavam-se aos “Orphams da Revolução”.

Entre as doações encontravam-se raridades como as primeiras edições dos Padres Manoel Bernardes e Antonio Vieira, primeira edição de Os Sertões autografada por Euclides da Cunha e primeiras edições de Voltaire, Rousseau, Montesquieu, entre outros.

Estas obras eram classificadas e publicadas em uma sessão especial do jornal, para que os interessados pudessem fazer seus lances, que podiam ser enviados por carta ou diretamente na portaria do prédio do jornal. Vencia quem ofertasse o maior valor. Não raro, o doador do livro já mandava na carta de doação um lance inicial pela obra.

Ao artista José Wasth Rodrigues foi encomendado a confecção de um ex libris para esta campanha, quem arrematasse um livro podia enviar um envelope já selado para resposta para o jornal e então recebia o ex libris.

estrelinhas coloridas…

Das razões para se fazer uma tattoo inspirada em Harry Potter

Lembram do artigo sobre tattoos de Harry Potter? Pois bem minha amiga Val Barbieri me puxou a orelha lá no twitter porque não postei a dela, e da conversa que rolou por lá pensei que seria interessante trazer o depoimento dela, já que ela não tem o estereótipo que muitos acreditam ser o de quem faz uma tatuagem em homenagem a uma obra literária. Eu procurei fazer perguntas que demonstrassem a dimensão que tem a saga Harry Potter na vida dela, a ponto dela marcar isso na própria pele.

A Val é uma mulher que admiro muito, batalhadora, autêntica, advogada, mãe, esposa, blogueira, e para além disso uma pessoa que não tem medo de assumir uma paixão considerada por muitos como infantil.

E agora com a palavra, Val:

O que significa a série Harry Potter em tua vida?

Eu comecei lendo por acaso. Ganhei o livro do meu marido, que trouxe, falando: “olha, eu sei que você gosta de livros e de bruxas, então eu trouxe pra você”. Na hora, pensei: “putz, ele me trouxe um livro infantil!”, mas como sou leitora compulsiva, e também pra não decepcioná-lo, comecei a ler. Me apaixonei no primeiro capítulo. JK Rowling é um gênio, que não só conseguiu construir uma história interessante, mas também criar um universo paralelo com um sistema monetário próprio, um esporte com regras e história (indico Quadribol Através dos Séculos, um livreto “complementar” da série)…. enfim, assim como Tolkien e C.S. Lewis, ela conseguiu criar um mundo fantástico e independente do nosso. Aliás, eu acho que um grande mérito da JK é fazer as crianças voltarem a ler e gostarem de ler! Os anti-harry dizem que é bobo, sem conteúdo e medíocre. Bom, eu não conheço ninguém que não leu e não se deixou encantar pela história. Pra mim, Harry Potter foi importante por me apresentar ao mundo dos livros de fantasia (que aliás, é outro mérito da JK, redescobrir esse gênero), além de trazer a magia esquecida na infância, de volta. É um livro que sei que nunca vou deixar de gostar. Aliás, estou relendo a saga pela 8a. vez…

O que mais te inspira em na série Harry Potter?

Harry Potter é uma história da luta do bem contra o mal, de família, de amizade e principalmente de amor. Logo no primeiro livro, eu queria adotar o Harry, que era orfão. É difícil explicar o porque eu sou “a maníaca do Harry Potter”, como diz meu marido, só sei que já li vários livros, e quando digo vários, quero dizer dezenas, e nenhum, até hoje, conseguiu me encantar da forma como Harry me encantou. Pelo menos uma vez por ano, releio todos os livros. É sagrado.

Tu pensou bastante antes de tatuar ou foi um impulso?

Eu já vinha pensando há um tempo, e “analisando” as opções de tattoo sobre o tema. Eu não queria nada muito escandaloso, nem colorido (nenhuma das minhas tatuagens é colorida)… Daí um dia, há uns 3 meses atrás, quando decidi fazer a triqueta das costas, resolvi fazer as relíquias também.

Porque tu escolhestes o símbolo das Relíquias da morte?

Justamente por ser discreto, mas que todo fã (ou nerd, melhor dizendo…rs) da série vai saber o que é. Eu não faria nenhum personagem, nem nada do gênero, não é o meu estilo.

Existe alguma outra obra que te inspiraria fazer uma tattoo?

Não. Eu gosto de muitas coisas. Livros, séries, personagens, filmes… mas eu não faria uma tatuagem de nenhum deles. Tatuagem é pra sempre. Por isso, todas que eu tenho (são 5) tem um significado. E Harry Potter tem um lugar muito especial na minha vida que nenhum outro tem, e por isso é digno de uma tattoo.=]

estrelinhas coloridas…

p.s. Val mais uma vez muito obrigada por compartilhar conosco tuas opiniões.