Para Sempre conta a história de Ever, uma menina que até a pouco tempo costumava ser uma adolescente comum, tinha amigos, era líder de torcida, mas um acidente que mata seus pais, sua irmã caçula Riley e sua cadela Buttercup, ela sobrevive mas carrega como uma lembrança permanente de sua experiência de quase-morte a capacidade de ver auras e escutar pensamentos.
Após o acidente ela passa a morar com a tia, sua única parente, e agora é uma menina muito diferente, desorientada, confusa e que se esconde sob o capuz de agasalhos largos e está sempre com o ipod ligado no volume mais alto em uma tentativa de manter afastadas a profusão de pensamentos nem sempre agradáveis a sua volta. Nesta sua nova vida ela tem apenas dois amigos, Haven e Miles e é também em sua nova escola que ela conhece Damen, um garoto absurdamente lindo e que tem a capacidade de neutralizar as interferências energéticas que inundam a mente dela, isso faz com que ela fiquei intrigada e assustada ao mesmo tempo.
Não sei vocês mas eu ando meio cansada de livros cuja trama envolve mocinho imortal + mocinha + vilões rasos, e Para Sempre não é nada além disso. Tem uma estrutura narrativa fraca, personagens que não causam empatia e uma profusão de influências espiritualistas que ao invés de instigarem a curiosidade cansam. As personagens são uma galeria de caricaturas, a protagonista é irritante ao extremo, se esconde no papel de vítima ao invés de enfrentar seus traumas, Haven tem uma autoestima tão baixa que se fossemos medir ela teria índice negativo, as antagonistas são tão senso comum que chega a ser risível, Miles o amigo gay ainda tem uma tiradas engraçadas mas ainda assim caricato e ainda temos Damen, o garoto cuja beleza beira à perfeição, é misterioso e esconde um segredo ancestral. Opa! Já não conhecemos esse enredo? Pois é as semelhanças com outras séries com temática sobrenatural saltam ao olhos e me deixaram com expectativas muito baixas e isso foi ótimo porque trama não surpreendeu em nenhum momento, é um amontoado de clichês que não trazem nenhum sopro de frescor que os justifique, é o velho mais do mesmo.