No ano de 1910, Maia um menina órfã de 13 anos e sua governanta a srta. Minton viajam de navio com destino à cidade de Manaus para morarem com tios distantes da menina. Durante a longa viagem elas conhecem um menino chamado Clóvis e que faz parte de um grupo de teatro e que coincidentemente irá se apresentar no teatro municipal de Manaus, ele detesta a vida que leva e sonha em voltar para a Inglaterra a todo custo, já ela está maravilhada com a possibilidade de conhecer um mundo totalmente novo e principalmente para conviver com suas primas gêmeas. Mas para tristeza de Maia e assombro da srta. Minton a família Carter tenta a todo custo manter o mesmo estilo de vida que tinha na Inglaterra, bem no meio da Floresta Amazônica. Beatrice e Gwendolyn logo mostram do que são capazes e Maia percebe que os motivos que levaram seus parentes a aceitá-la em seu convívio são puramente financeiros. Mesmo com a marcação cerrada da tia, a menina logo se aventura a conhecer mais aquela terra e se apaixona pela riqueza da floresta, pelos habitantes e pelos índios e por conta dessa curiosidade e paixão ela vai viver experiências nunca antes imaginadas.
Esse livro está há séculos aqui na estante, nem me lembro mais porque comprei ele, mas que bom que coloquei ele como leitura do Desafio Literário e pude finalmente me deliciar com esta história encantadora.
Uma coisa que achei interessante foi que a autora conta na orelha do livro o que a levou a escrever a história:
“Um amigo que viajara pelo Brasil me contou que na, cidade de Manaus, havia um fantástico teatro com capim nascendo através das rachaduras na pedra e macacos araguatos guinchando no telhado, apenas a mil e seiscentos quilômetros da embocadura do rio Amazonas. Senti que eu havia encontrado uma coisa realmente minha. Durante anos pesquisei sobre aquela região. Fiquei conhecendo os ‘barões da borracha’ que foram para lá no início do século XX. Foram eles que construíram Manaus e mandaram buscar artistas famosos para se exibirem no teatro. No entanto, o tempo todo, a selva indomável se encontrava no umbral da porta, esperando para tomar conta, se eles se descuidassem…”
Ainda bem que esse amigo dela viajou para o Brasil e contou para ela como era Manaus, e mais ainda que a Eva se apaixonasse tanto porque quem ganhou fui eu como leitora que tive o prazer de ler esta história encantadora.
Maia é uma menina apaixonante, ela é curiosa, passional e livre. É uma menina a frente do seu tempo, que teve a sorte de encontrar pessoas raras que a ajudaram a seguir seus sonhos.
Esta leitura é a terceira dentro da temática Infanto-juvenil que corresponde ao mês de janeiro para o Desafio Literário 2011 e com ela eu cumpro a minha meta deste mês, e que venham as leituras de fevereiro 😉
Primeiro livro – O mistério da Ilha de Tökland, Joan Manuel Gisbert