O leitor

Michael tem 15 anos quando conhece Hanna que é 21 anos mais velha que ele, os dois vivem um romance cuja principal marca são pequenos gestos e rituais, como a leitura de clássicos como Goethe e Tolstói. Hanna gosta que o rapaz leia para ela. Este relacionamento deixa marcas que seguirão Michael pelo resto de sua vida, porém um dia Hanna vai embora sem nada explicar.

Os dois só se reencontram sete anos depois, quando Michael, estudante de direito, toma parte em um julgamento de agentes nazistas e descobre que Hanna é uma das acusadas.

A narrativa nos matém atentos e curiosos pelos desdobramentos que virão, há um tensão latente e pulsante que nos impulsiona na leitura e, mesmo que o leitor atento já preveja os acontecimentos após a condenação de Hanna que é embasada no segredo que prefere guardar à ser exposta aos olhos de todos, não conseguimos ficar indiferentes.

É um história tocante e delicada cuja riqueza reside nos detalhes que permeiam toda a narrativa.

Senti em mim um grande vazio, como se tivesse procurado por algum sinal, não lá fora, mas em mim, e me desse conta de que não havia encontrado nada.

Esta leitura faz parte do Desafio Literário, cujo tema de julho era a leitura de uma obra que tivesse sido adaptada para o cinema. Tu podes conferir a resenha ds outros participantes aqui.

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Uma estante de quinta

Porque minha amiga Tatá me mandou ela, e eu amei essa estante contornando a porta, me parece um portal encantado. Só faltou uma inscrição como a da Biblioteca Pública de Múrcia, na Espanha: “Aqui os mortos abrem os olhos dos vivos”.

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Referências:

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Gritti, Delimino. Sobre o Livro e o Escrever. Caxias do Sul: Maneco, 2002.

Lumos

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# Lumus Maxima…

Escritos achados em uma gaveta – Papéis Inesperados, reunião de textos,  inéditos de Julio Cortázar encontrados em uma cômoda do apartamento onde viveu em Paris, chega às livrarias brasileiras.

Neil Gaiman ganha o Carnegie, por “O livro do Cemitério” – Prêmio cujos livros são selecionados por bibliotecários especializados em literatura infantil, é um dos mais conceituados no gênero.

Ler é a melhor forma de incentivar a leitura -  Especialista em educação, diz o que todos já deviamos saber.

Alice in yummy-land – Comidas inspiradas em Alice no país das maravilhas, lindas demais.

Livros sugeridos por Renato Russo – Cantor indicou para dois fãs algumas obras e que também milhões de outros livros

# Nox

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Imagem por Jewdar – Todos os direitos reservados

Muito além de palavras…

mike-stilkey01 Mike Stilkey é natural de Los Angeles e sempre se interessou por pintura e desenho, não só em papéis antigos, capas e páginas de livro, mas sobre os livros. Usando uma mistura de tinta, lápis de cor, tinta e verniz, Stilkey retrata um elenco de personagens extravagantes que habitam espaços ambíguos e narrativas de fantasia e contos de fadas.

As pinturas evocam uma sensação de perda prolongada e saudade tornando-as melancólicas em sua mistura de poesia caprichosa, humor e mistério.

 

Eu adorei o trabalho deste cara, ele vê muito mais nos livros que apenas palavras, com tantos livros indo parar em lixões, sendo queimados em fogueiras ele dá um destino muito mais digno para eles. Livros sempre serão obras de arte, e o Mike só agrega mais arte à eles.

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Neste vídeo o artista fala um pouco de sua obra, é ótimo. Em inglês.

 

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Kafka e a boneca viajante

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Kafka e a boneca viajante nos traz a versão criada pelo escritor espanhol Jordi Sierra i Fabra para um episódio singular da biografia do magistral Kafka.

Um ano antes de sua morte Kafka se dedicou por três semanas a escrever cartas para uma menina desconhecida que perdera sua boneca. Ao vê-la inconsolável diante desta perda ele se transformou no “carteiro de bonecas” e levou religiosamente para a pequena as narrativas da aventura da boneca viajante.

O autor partiu desta história verídica e preencheu as lacunas criando uma fábulo idílica e delicada que encanta e acalanta nossos corações.

As aventuras da pequena Brígida pelo mundo são narradas com maestria e encantam a pequena Elsi, pois vinham também carregadas de carinho.

Na verdade o livro carrega em si duas histórias a verídica e a criada por Jordi e as duas são de uma singeleza ímpar. A “transgressão” como diz o autor de inventar as cartas e dar à história um final imaginário é tão poética quanto a história que lhe deu origem. Sem dúvida uma das mais belas e delicadas histórias já escritas.

O que aconteceu é tão belo em si mesmo que o resto carece de importância.

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