Ex libris é uma expressão latina que significa literalmente “dos livros” empregada para determinar a propriedade de um livro. Portanto, ex libris é um complemento circunstancial de origem (ex + caso ablativo) que indica que tal livro é “propriedade de” ou “da biblioteca de”.
O forma mais comum de Ex libris é uma etiqueta com uma ilustração, brasão, ou logotipo e a expressão ex libris seguida do nome do proprietário, afixada na folha de rosto ou contracapa do livro.
Um ex libris pode conter um lema ou mesmo uma citação, este é o caso do ex libris do bibliófilo José Midlin, de quem sou fã assumida, como ele mesmo nos conta em seu livro “No mundo dos livros”, a filha dele usou uma frase de Montaigne para fazer o Ex-libris dele e de sua biblioteca fantástica, essa citação é nas palavras dele o seu lema de vida. Ela está em francês e diz: Eu não faço nada sem alegria ( “Je ne fait rien sans gayeté”)
A origem do Ex libris é um pouco controversa. Existem duas correntes sendo que uma diz ser o primeiro, o de Hildebrand Brandenburg de Biberach, uma gravura em madeira, representando um anjo a segurar um brasão de armas e colorido à mão por volta de 1480. Já a outra afirma ser o mais antigo o do rei da Boemia, o Ex Libris armoriado de Georgis de Podebrady, falecido em 1471.
No Brasil, provavelmente o primeiro Ex Libris pertenceu a Manuel de Abreu Guimaraens, que vivia na cidade de Sabará no século XVIII.
No Brasil, o “ex-líbris” da Biblioteca Nacional foi criado em 1903 pelo artista Eliseu Visconti, responsável pela introdução do art-nouveau nas artes gráficas do País.
Bom por hoje é isso, daqui um tempo volto ao assunto.
Referências: BEZERRA, José Augusto. Ex Libris: a marca de propriedade do livro. Disponível aqui. BODMER, Paulo. O Ex Libris é o retrato do seu dono. disponível aqui. MINDLIN, José. No mundo dos livros. Rio de Janeiro: Agir, 2009. MORAIS, Rubem Borba de. O bibliófilo aprendiz. Rio de Janeiro: Casa da Palavras, 2005. Mais sobre Ex libris: A arte do Ex Libris Sebo Bazar das Palavras Bibliomanias