Diários do Vampiro: o despertar (Galera Record, tradução de Ryta Vinagre, 2009, 240 páginas) de L.J. Smith, conta a história de um triângulo amoroso entre dois vampiros e uma humana. Irmãos e inimigos mortais, Damon e Stefan Salvatore são assombrados por um passado trágico. Vivendo nas sombras desde a Renascença italiana, o destino parece levá-los a percorrer o mesmo caminho que um dia os conduziu àquela vida amaldiçoada e eterna, pois em Fell´s Church, na Virgínia, Stefan conhece Elena Gilbert, uma adolescente bela e popular e no encalço de Stefan, Damon procura vingança, e logo Elena se verá divida entre os dois irmãos – e entre o amor e o perigo.
Com o boom da série Twilight, resgataram esta série lá do fundo do baú do início dos anos 90, refizeram o projeto gráfico, e jogaram no mercado com grande estardalhaço, que diga-se de passagem a história não merece.
A primeira coisa que me fez não gostar do livro foi a personagem Elena, que é de uma superficialidade gritante, embora a autora envernize a guria de decidida e autoconfiante, ela não passa de uma mimada que pensa ser o umbigo do mundo, cujos desejos devem ser satisfeitos custe o que custar, doa a quem doer.
A temática da história não me desagradou completamente apesar de ser o velho clichê do triângulo amoroso com irmãos como antagonistas, isso até passa quando é bem escrito, e não vem recheado de esterótipos. As personagens estereotipadas me incomodaram muito, estão todas lá: a popular, o mocinho perfeito e atormentado, o bad boy, o namorado chutado pra escanteio mas que de tão gente boa dá a maior força para a popular conseguir o mocinho que não dá bola pra ela, a ex-melhor amiga que não era amiga. Ah! Tem também o machão e isso também foi irritante, como assim um colega te ataca, rasga tua roupa e tu não presta queixa, só porque o teu queridinho te salvou miraculosamente bem a tempo?! Hã?! Como assim?! E isso não é nada, isso passou batido mesmo, a tia não teve uma síncope, os policiais também não deram bola, nenhum adulto se preocupou que uma guria foi atacada, sim porque mesmo que o guri seja filho de sei lá quem e todos se conheçam desde sempre, ele atacou ela.
A história inteira me pareceu meio vaga, com personagens mal construídas, com acontecimentos que não tiveram o aprofundamento necessário para a compreensão, como por exemplo quando a amiga médium, essa sim uma personagem bem interessante mas que mal aparece, é “possuída” e fala que tem alguém esperando Elena no cemitério, podemos apenas deduzir o que aconteceu, eu não gosto quando ficam pontas soltas, mesmo que seja uma série, como é o caso deste livro, as coisas tem que ter uma linearidade e um encadeamento mínimos para a história feche um ciclo, não é o que acontece em Diários do vampiro: o despertar.