Meme Literário de Um Mês: Dia 14

personagem de livro favorita

Isso é maldade pura, como assim escolher uma só? São tantas personagens magníficas que acho uma tarefa quase impossível eleger apenas uma, mas já que o desafio foi lançado eu fico com Olívia do livro Olhaí os lírios do campo, Érico Verrissimo pois ela é uma das personagens femininas mais forte e lúdica que já tive o prazer de conhecer.

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Meme Literário de Um mês: Dia 10

um livro que você não terminou de ler

O único abandono da minha vida como leitora é o livro "A menina que brincava com fogo", Stieg Larson, ele é o segundo livro da trilogia Millenium, gostei do primeiro livro, mas o segundo não me prendeu, achei repetitivo, com uma narrativa maçante, abandonei faltando menos da metade para concluir mas pretendo voltar com a leitura, pois acredito que a alta expectativa devido ao grande e massivo estardalhaço em torno desta obra influenciou minha experiência com este livro.

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Meme Literário de Um Mês: Dia 9

a melhor cena que você já leu

Sem dúvida foi escrita por Jane Austen em Orgulho e Preconceito, o exemplar mais antigo que tenho do livro tem até um vício na lombada de tanto que ele foi aberto neste trecho:

"… Caminharam em direção à casa dos Lucas, pois Kitty queria fazer uma visita a Maria. E, depois que Kitty os deixou, Elizabeth continuou resolutamente com Darcy. Chegara agora o momento de executar o seu plano. E, antes que a sua coragem fraquejasse, falou:

— Mr. Darcy, sou uma criatura muito egoísta. E, a fim de aliviar as incertezas dos meus sentimentos, vou talvez ferir os seus. Não posso adiar por mais tempo a obrigação de lhe agradecer a sua inestimável intervenção a favor de minha irmã. Desde que soube o que o senhor tinha feito, fiquei ansiosa por uma ocasião de lhe manifestar a minha gratidão. E, se as outras pessoas da minha família o soubessem, não lhe falaria apenas em meu nome.

 — Sinto imensamente — replicou Darcy, num tom de surpresa e emoção — que tenha sido informada de um fato que, mal interpretado, poderia causar-lhe contrariedade. Julguei que podia confiar na discrição de Mrs. Gardiner.

— Não deve culpar a minha tia. Foi por uma leviandade de Lydia que eu soube que o senhor se tinha envolvido no caso; e naturalmente não descansei até conhecer todos os detalhes. Deixe-me agradecer novamente, em meu nome e no da minha família, pela generosidade com que agiu, sofrendo toda a sorte de incômodos  e mortificações.

— Se quiser me agradecer — respondeu ele —, faça-o apenas em seu próprio nome. Não nego que o desejo de lhe causar prazer tenha contribuído também para o que fiz. Mas a sua família não me deve nada. Respeito-a muito, mas creio que foi só em você que pensei.

Elizabeth ficou tão embaraçada que não soube o que  responder. Depois de uma curta pausa, seu companheiro acrescentou:

— Tenho a certeza de que é generosa demais para fazer pouco-caso dos meus sentimentos. Se os seus são ainda os mesmos que manifestou em abril passado, diga-o imediatamente. Minha afeição permanece inalterada; basta porém uma única palavra sua para fazer com que me cale para sempre.

Elizabeth, sentindo a difícil e aflitiva situação em que Darcy se encontrava, se esforçou para falar. E, embora de forma hesitante, deu-lhe a entender imediatamente que os seus sentimentos tinham passado por tão grande transformação desde o período a que ele aludira, que agora podia aceitar as suas declarações com prazer e gratidão. A felicidade que essa resposta causou em Darcy foi a maior que até então conhecera. E ele a exprimiu nos termos mais calorosos que o seu coração de apaixonado pôde encontrar. Se Elizabeth tivesse podido levantar os olhos, teria visto que a felicidade de Darcy se refletia no rosto, infundindo-lhe uma animação que o tornava belo. Se não podia ver, Elizabeth, no entanto, podia ouvir. E Darcy lhe revelou a importância que o afeto de Elizabeth tinha para ele. E a cada momento o seu amor crescia de importância aos olhos de Elizabeth."

Orgulho e Preconceito, Capítulo 58, pg. 370 (edição L&PM Pocket)

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Meme Literário de Um Mês: Dia 8

um livro que todos deveriam ler pelo menos uma vez

Esse tema é complicado, porque acredito que a experiência da leitura é muito peculiar e pessoal e sendo assim o livro que posso achar que todos deveriam ler pode ser de um gênero que não agrade a determinado e leitor e este livro não lhe proporcione uma leitura relevante. No entanto, mesmo com esta ressalva tem um livro que acredito que está para além de gêneros literários e é ele que vou indicar hoje: 1984, George Orwell.

A imaginação de Orwell criou uma sociedade pretensamente futurística, mas ironicamente atual que não nos deixa indiferentes e incita questionamentos profundos e para mim só estes dois argumentos já fazem com que a leitura seja indicada a todos.

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