Retrospectiva Literária 2012

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Esse é o terceiro ano que participo da Restrospectiva Literária promovida pela Angélica, do blog Pensamento Tangencial, e como sempre ela foi uma forma de analisar e refletir sobre minhas leituras e especialmente nesse ano conturbado ela contribuiu para que minha meta para 2013 fosse totalmente subvertida 🙂

 RETROSPECTIVA LITERÁRIA 2012

A aventura que me tirou o fôlego: O mapa do tempo, Félix J. de Palma.

O terror que me deixou sem dormir: só li uma obra de terror (Vittorio, o vampiro, Anne Rice) e ela não chegou nem perto de me deixar sem dormir.

O suspense mais eletrizante: O jardim de ossos, Tess Gerritsen.

O romance que me fez suspirar: Razão e Sentimento, Jane Austen.

A saga que me conquistou: Os Arquivos Dresden – Frente de Tempestade, Jim Butcher.

O clássico que me marcou: Walden, Henry  D. Thoreau.

O livro que me fez refletir: Extremamente Alto & Incrivelmente Perto, Jonathan Safran Foer.

O livro que me fez rir:Belas Maldições, Neil Gaiman e Terry Pratchett.

O livro que me fez chorar: Nenhum me fez chorar literalmente, mas Extremamente Alto & Incrivelmente Perto, Jonathan Safran Foer, foi o que chegou mais perto.

O livro de fantasia que me encantou: As Crônicas do Imaginarium Geographica 1: Onde habitam os dragões, James A. Owen.

O livro que me decepcionou: Um dia, David Nicholls.

O livro que me surpreendeu: Haroun e o mar de histórias, Salman Rushdie.

A frase que não saiu da minha cabeça:

“… qual é o sentido de se dar às pessoas Liberdade de Expressão, e depois dizer que elas não devem utilizá-la? E não é o Poder das Palavras o maior poder de todos os Poderes? Então decerto deve ter plenas garantias de exercício.” (Haroun e o mar de histórias, Salman Rushdie, p.67)

O(a) personagem do ano: Harry Dresden, personagem da série Os Arquivos Dresden, Jim Butcher.

O casal perfeito: Elinor e Edward, do livro Razão e Sentimento, Jane Austen

O(a) autor(a) revelação: Félix J. de Palma.

O melhor livro nacional: Ficção de Polpa, volumes 1, 2 e 3, Samir Machado de Machado (org.)

O melhor livro que li em 2012: Deuses Americanos, Neil Gaiman.

Li em 2012,  46 livros.

A minha meta literária para 2013 é: para o próximo ano optei por me libertar das amarras, de todas elas, portanto não terei nenhuma meta literária, nem mesmo a de ler mais do que em 2012. Lerei apenas o que tenho vontade, quando tiver vontade, simples assim 😉

O silêncio da chuva

silencioUm suicídio, que para a polícia parece assassinato, dá início a uma trama intrincada que nos envolve desde o princípio. O inspetor Espinosa foge um pouco do estereótipo de detetive brilhante que resolve tudo sozinho, bem pelo contrário o solitário policial que tem como lazer percorrer sebos do Rio de Janeiro atrás de preciosidades literárias se sente tão ou mais perdido que o leitor durante a investigação.
A narrativa de Garcia-Roza é simples, direta e elegante, as divagações existenciais e filosóficas de Espinosa são ótimas e dão ao livro um tom psicológico que é potencializado pela vozes narrativas que se intercalam, nos colocando dentro dos pensamentos de diversas personagens.
Essa foi uma leitura curiosa, pois ao mesmo tempo em que o livro me prendeu, fiquei muito incomodada com diversos aspectos da trama. Este estranhamento foi tamanho que, apesar de ter gostado da leitura, não me atrevo a indicar o livro.

GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. O silêncio da chuva. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

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Essa leitura faz parte do Desafio Literário 2012  cuja temática do mês de Julho era a leitura de ganhadores do Prêmio Jabuti.

Aqui é possível ler as resenhas dos outros participantes.

O contador de histórias

O escritor em momento de descanso em seu escritório. Foto: Leonid StreliaevHoje é dia de celebrar o nascimento de Erico Veríssimo, escritor que mora no meu coração desde os 13 anos quando li “O Tempo e o Vento”. Depois da trilogia que é considerada sua obra prima já li praticamente toda a obra de Érico, e a cada releitura renovo a certeza de que seria uma leitora totalmente diferente se não tivesse começado me iniciado em Literatura Brasileira pela obra de Érico, e como me sinto muito feliz com a leitora que sou, devo um agradecimento especial à este autor que apresentou o Rio Grande do Sul ao resto do país. O crítico literário Antonio Candido vai ainda mais longe e define que: “O Rio Grande do Sul existe muito como visão do Erico”.

Para os leitores que não conhecem sua obra, recomendo com todas as minha forças que leiam Érico Veríssimo 😉

Jane Austen

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E hoje é dia de homenagem à Jane Austen!

A autora nascida em 16 de dezembro, há 237 anos, é adorada no mundo inteiro por sua obra que mescla romance, ironia e uma crítica bem humorada dos costumes da época. Para registrar minha admiração por esta escritora, que de longe é minha predileta trouxe uma citação que gosto muito do livro Orgulho e Preconceito, é uma fala de Mr. Darcy em resposta à indagação de como havia se apaixonado por Elizabeth:

“Não posso determinar a hora ou o lugar, ou o olhar, ou as palavras que estabeleceram o alicerce. Foi muito tempo atrás. Eu estava no meio antes de saber que havia começado.”

Para quem quer saber mais sobre a autora recomendo o blog Jane Austen em Português, escrito com o maior capricho e dedicação pela Raquel Sallaberry.

Ler para crescer

a-verd-hist.-dos...1Vamos ler para crescer? A indicação de hoje é um livro encantador e polêmico, pois traz a versão do lobo mau para a história dos três porquinhos. Ela foi contada à Jon Scieszka por Alexandre T. Lobo, que garante, tudo não passou passou de armação e na verdade ele só queria uma xícara de açúcar emprestada.
O livro é um graça, um dos preferidos do guri desde a primeira leitura. A história é divertida, bem escrita e ajuda às crianças a compreenderem que um fato sempre tem vários pontos de vista.
A edição é da Companhia das Letrinhas, e como sempre é um capricho com papel de qualidade e diagramação perfeita. As ilustrações de Lane Smith são um show à parte e fazem uma parceria harmoniosa com o texto. Leitura mais que recomendada.

SCIESZKA, Jon. A verdadeira história dos três porquinhos!. Tradução de Pedro Maia Soares. Ilustrações de Lane Smith. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

Comunicado

Olá leitores!

Para aqueles que estranharam a falta de post no blog, eis as explicações: apesar de todas as medidas de segurança que tomei depois que o blog foi hackeado, ele sofreu novas tentativas de ataques no final de novembro, apesar de, aparentemente, ele estar normal, a parte administrativa estava cheia de falhas que me impossibilitaram de mantê-lo atualizado. Somado a estes contratempos técnicos, problemas de saúde também contribuiram para que eu não pudesse me dedicar efetivamente na busca por soluções de segurança.

Enfim acredito que essa má fase tenha passado, pois consegui encontrar a falha na segurança do blog e uma solução  que espero, seja duradoura. É claro que o retorno das atividades do Bbiliophile não poderia ser em outro dia e com outro tipo de post, senão com uma bela estante de quinta, logo mais ela estará enchendo os olhos dos bibliófilos de plantão.