O retorno

cropped-headerToc, toc… Tem alguém aí?

Pois é, depois de um hiato de mais de um ano, eis que ressurjo das cinzas e pretendo retomar as postagens no blog.

Este ano sabático foi involuntário, mas foi de grande utilidade, pois esse distanciamento me fez perceber o quanto ainda gosto de escrever sobre livros, literatura e tudo mais.

Agradeço o carinho dos leitores que de vez em quando aparecem por aqui, deixam comentários, me mandam e-mail, mensagem no facebook  e me perguntam se vou voltar. Sim pessoal, voltei e agora é pra ficar 😉

 

 

Copa de Literatura Brasileira

Depois de dois anos sem jogos, dia 13 de agosto está de volta a Copa de Literatura Brasileira. Este ano a disputa conta com 16 romances publicados em 2011 e 2012. A quinta edição do torneio tem como novidades as rodadas extras, uma de repescagem e outra chamada rodada zumbi para permitir uma nova chance aos livros que perderem na primeira fase, e as “mesas redondas” para cada rodada da Copa.
A Copa de Literatura foi criada em 2007, pelo economista e preparador editorial Lucas Murtinho. Sua inspiração foi o Tournament of Books, criado em 2005 pela revista eletrônica americana The Morning News em parceria com a livraria Powell’s.
Para saber mais e acompanhar as partidas confira o site da Copa de Literatura Brasileira.

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Mais do mesmo

oceanAinda embriagada com a leitura de O oceano no fim do caminho, descobri algumas coisas bem interessantes sobre o livro para compartilhar por aqui:

1 – A prefeitura de Portsmouth  (Inglaterra),  onde se passa a história quer batizar uma rua com o nome do livro. A cerimônia de batismo deve ocorrer em 18 de agosto com a presença do próprio Gaiman. (Omelete)

2 – “Para Amanda, que queria saber”, essa é a singela dedicatória do Gaiman no início do livro, para quem quiser saber o significado e a força dessas palavras, vale a pena conferir a postagem da própria Amanda Palmer. (Blog da Amanda, em inglês)

3 – O Reinaldo, postou no excelente blog Darwin e Deus, uma entrevista  de aquecer o coração dos fãs e nos fazer morrer ainda mais de amores pelo Gaiman, simplesmente imperdível. (Darwin e Deus)

 

Os clássicos que não li

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“Na madrugada você sonha. Com moinhos de vento nunca lidos”. André Valença

Tempos atrás li um artigo bem bacana em que várias pessoas ligadas ao mundo da literatura falavam sobre os clássicos que não tinham lido. Alguns, inclusive, aproveitaram a entrevista para fazer um mea culpa admitindo terem fingido ter lido obras clássicas. Gostei dessa brincadeira e resolvi fazer uma lista com os clássicos que não li e nem pretendo ler 😉

10 clássicos que não li e nunca lerei

1 – O cortiço, Aluísio de Azevedo

2 – Ulysses, James Joyce

3 – Capitães da Areia, Jorge Amado

4 – A divina comédia, Dante Alighieri

5 – Os lusíadas, Luís de Camões

6 – Macunaíma, Mário de Andrade

7 – Ilíada, Homero

8 – A dama das camélias, Alexandre Dumas

9 – Por quem os sinos dobram, Ernest Hemingway

10 – Os trabalhadores do mar, Victor Hugo

E tu, me conta, qual clássico que não leu e nem pretende ler 😉

 

Revista Emília

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Para quem gosta de literatura infantil e juvenil uma ótima pedida de leitura é a Revista Emília, feita com capricho e recheada de conteúdo de primeira qualidade, ela encanta quem leva a sério a literatura feita para quem está se formando leitor.

“No ar desde setembro de 2011, a EMÍLIA é uma revista digital independente criada por amigos ligados área editorial e comprometidos com leitura e livros para crianças e jovens. Para democratizar a prática da leitura e oferecer um meio de discussão e reflexão sobre essas questões, estes profissionais uniram seus conhecimentos e suas experiências para criar EMÍLIA.

A Revista EMÍLIA dialoga com todos que se interessam pela formação de leitores e que são mediadores de leitura: pais, professores, educadores, bibliotecários, promotores de leitura e especialistas. EMÍLIA também dialoga com quem torna possível a criação, produção e divulgação dos livros para crianças e jovens: autores, ilustradores, editores, livreiros, jornalistas, críticos e estudiosos.

EMÍLIA ocupa um espaço fundamental para o amadurecimento da reflexão, discussão e debate em torno da leitura e dos livros para crianças e jovens. Ler é uma atividade primordial, antídoto da exclusão e meio de inserção social. Porém, são inúmeros os desafios e as questões para quem se dedica à promoção da leitura e à formação de leitores no Brasil.

Embora existam diversos projetos e ações nessa área, a Emília é um veículo que congrega de forma crítica experiências e reflexões. E estabelece um diálogo com a produção internacional, possibilitando que todo esse conjunto de iniciativas se torne um instrumento fértil de orientação da prática social voltada para a promoção da leitura.”

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Retrospectiva Literária 2012

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Esse é o terceiro ano que participo da Restrospectiva Literária promovida pela Angélica, do blog Pensamento Tangencial, e como sempre ela foi uma forma de analisar e refletir sobre minhas leituras e especialmente nesse ano conturbado ela contribuiu para que minha meta para 2013 fosse totalmente subvertida 🙂

 RETROSPECTIVA LITERÁRIA 2012

A aventura que me tirou o fôlego: O mapa do tempo, Félix J. de Palma.

O terror que me deixou sem dormir: só li uma obra de terror (Vittorio, o vampiro, Anne Rice) e ela não chegou nem perto de me deixar sem dormir.

O suspense mais eletrizante: O jardim de ossos, Tess Gerritsen.

O romance que me fez suspirar: Razão e Sentimento, Jane Austen.

A saga que me conquistou: Os Arquivos Dresden – Frente de Tempestade, Jim Butcher.

O clássico que me marcou: Walden, Henry  D. Thoreau.

O livro que me fez refletir: Extremamente Alto & Incrivelmente Perto, Jonathan Safran Foer.

O livro que me fez rir:Belas Maldições, Neil Gaiman e Terry Pratchett.

O livro que me fez chorar: Nenhum me fez chorar literalmente, mas Extremamente Alto & Incrivelmente Perto, Jonathan Safran Foer, foi o que chegou mais perto.

O livro de fantasia que me encantou: As Crônicas do Imaginarium Geographica 1: Onde habitam os dragões, James A. Owen.

O livro que me decepcionou: Um dia, David Nicholls.

O livro que me surpreendeu: Haroun e o mar de histórias, Salman Rushdie.

A frase que não saiu da minha cabeça:

“… qual é o sentido de se dar às pessoas Liberdade de Expressão, e depois dizer que elas não devem utilizá-la? E não é o Poder das Palavras o maior poder de todos os Poderes? Então decerto deve ter plenas garantias de exercício.” (Haroun e o mar de histórias, Salman Rushdie, p.67)

O(a) personagem do ano: Harry Dresden, personagem da série Os Arquivos Dresden, Jim Butcher.

O casal perfeito: Elinor e Edward, do livro Razão e Sentimento, Jane Austen

O(a) autor(a) revelação: Félix J. de Palma.

O melhor livro nacional: Ficção de Polpa, volumes 1, 2 e 3, Samir Machado de Machado (org.)

O melhor livro que li em 2012: Deuses Americanos, Neil Gaiman.

Li em 2012,  46 livros.

A minha meta literária para 2013 é: para o próximo ano optei por me libertar das amarras, de todas elas, portanto não terei nenhuma meta literária, nem mesmo a de ler mais do que em 2012. Lerei apenas o que tenho vontade, quando tiver vontade, simples assim 😉

O contador de histórias

O escritor em momento de descanso em seu escritório. Foto: Leonid StreliaevHoje é dia de celebrar o nascimento de Erico Veríssimo, escritor que mora no meu coração desde os 13 anos quando li “O Tempo e o Vento”. Depois da trilogia que é considerada sua obra prima já li praticamente toda a obra de Érico, e a cada releitura renovo a certeza de que seria uma leitora totalmente diferente se não tivesse começado me iniciado em Literatura Brasileira pela obra de Érico, e como me sinto muito feliz com a leitora que sou, devo um agradecimento especial à este autor que apresentou o Rio Grande do Sul ao resto do país. O crítico literário Antonio Candido vai ainda mais longe e define que: “O Rio Grande do Sul existe muito como visão do Erico”.

Para os leitores que não conhecem sua obra, recomendo com todas as minha forças que leiam Érico Veríssimo 😉

Jane Austen

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E hoje é dia de homenagem à Jane Austen!

A autora nascida em 16 de dezembro, há 237 anos, é adorada no mundo inteiro por sua obra que mescla romance, ironia e uma crítica bem humorada dos costumes da época. Para registrar minha admiração por esta escritora, que de longe é minha predileta trouxe uma citação que gosto muito do livro Orgulho e Preconceito, é uma fala de Mr. Darcy em resposta à indagação de como havia se apaixonado por Elizabeth:

“Não posso determinar a hora ou o lugar, ou o olhar, ou as palavras que estabeleceram o alicerce. Foi muito tempo atrás. Eu estava no meio antes de saber que havia começado.”

Para quem quer saber mais sobre a autora recomendo o blog Jane Austen em Português, escrito com o maior capricho e dedicação pela Raquel Sallaberry.

Comunicado

Olá leitores!

Para aqueles que estranharam a falta de post no blog, eis as explicações: apesar de todas as medidas de segurança que tomei depois que o blog foi hackeado, ele sofreu novas tentativas de ataques no final de novembro, apesar de, aparentemente, ele estar normal, a parte administrativa estava cheia de falhas que me impossibilitaram de mantê-lo atualizado. Somado a estes contratempos técnicos, problemas de saúde também contribuiram para que eu não pudesse me dedicar efetivamente na busca por soluções de segurança.

Enfim acredito que essa má fase tenha passado, pois consegui encontrar a falha na segurança do blog e uma solução  que espero, seja duradoura. É claro que o retorno das atividades do Bbiliophile não poderia ser em outro dia e com outro tipo de post, senão com uma bela estante de quinta, logo mais ela estará enchendo os olhos dos bibliófilos de plantão.

The Bookshop Band

A The Bookshop Band, formada pelos músicos londrinos Beth Porter, Poppy Pitt e Ben Please é uma banda com uma história incomum: ela teve início quando o proprietário da livraria  Mr B’s Emporium of Reading Delights convidou Ben para tocar na loja, com o objetivo de tornar o tradicional bate papo com autores mais interessante. Como a primeira experiência deu certo Ben convidou os amigos e assim nasceu a banda, que tem em seu repertório apenas músicas inspiradas na literatura.

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“Esse projeto começou simplesmente como um meio de a gente se reunir, escrever algumas músicas sobre livros que amamos e tocá-las em uma livraria para algumas pessoas. Nós nos divertimos muito fazendo isso, e não tínhamos maiores expectativas.” Ben Please


A música que mais me emocinou foi justamente a que é uma declaração de amor às livrarias. A “Shop with books in” foi escrita para apoiar um evento britânico que celebra as livrarias independentes, a Independent Booksellers Week 2012, e tem uma letra que fala direto ao coração dos bibliófilos. Eles também escreveram uma música inspirada no nosso querido Saci Pererê, “Oh Saci” é muito especial também, por motivos óbvios.