A estante de quinta de hoje parece até coisa de cinema. Imagine uma estante que também é uma passagem secreta para outra parte da biblioteca. Amei!
estrelinhas coloridas…
A estante de quinta de hoje parece até coisa de cinema. Imagine uma estante que também é uma passagem secreta para outra parte da biblioteca. Amei!
estrelinhas coloridas…
A artista Rivane Neuenschwander, que apesar do nome germânico é brasileira, tem entre suas obras um trabalho chamado “One Thousand and One Possible Nights-December 2008” que é genial, pois a partir das páginas do livro “As Mil e Uma noites” ela montou uma constelação sobre cada uma das páginas. Cada trabalho foi criado com a coletânea correspondente a um mês de histórias e cada noite tem um céu diferente. Estou encantada com esta obra e isto que só vi excertos pela internet, imagino que quem teve oportunidade de ver pessoalmente tenha ficado ainda mais encantado do que eu. É inspirador, poético, alarga o entendimento de mundo, emociona, é Arte Pura inspirada em literatura!
Biografia:
Nasceu em Belo Horizonte em 1967. Vive e trabalha em Belo Horizonte, Brasil.
Formada pela escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, obteve o título de mestre pelo Royal College of Arts em Londres.
As obras criadas por Rivane utilizam uma ampla gama de materiais, como flores secas, papel arroz, insetos, poeira, sujeira, sal e pimenta, materiais orgânicos que têm uma vida efêmera. Cria assim uma espécie de memória da vida cotidiana que se funda justamente em tudo aquilo que é corriqueiro.
Na última Bienal de Veneza, em 2005, a artista apresentou trabalho composto por máquinas de escrever que tiveram suas teclas de letras substituídas por teclas de pontos finais. Apenas os números e outros sinais gráficos tais como os pontos de exclamação e interrogação foram mantidos. Os visitantes eram então convidados a escrever cartas com essas máquinas e prendê-las na parede do espaço expositivo. A dificuldade na comunicação que esse trabalho coloca em debate explicita algo acerca da própria natureza da arte, a princípio inexprimível por palavras, ao mesmo tempo em que enfatiza essa possibilidade.
Rivane Neuenschwander já expôs em importantes museus e galerias nacionais e internacionais. Destacam-se suas individuais no Palays de Tokyo, em Paris (2003), Museu de Arte da Pampulha (2002) e Portikus em Frankfurt (2001). Já participou por duas vezes da Bienal internacional de Veneza (2003 e 2004), da Bienal de São Paulo (1998) e da Bienal de santa Fé (Estados Unidos, 1999).
estrelinhas coloridas…
Créditos:
One Thousand and One Possible Nights-December 2008, Rivane Neuenschwander
Meu pai é um dragão (Coleção Famílias Malucas – 3, Editora Fundamento, 2008, 120 páginas), de Jackie French, e ilustrações de Stephen Michael King, conta a história de Horácio, um menino que vive na corte do Rei Arthur e que pretende se tornar cavalheiro da Távola Redonda e por isso estudo com afinco na escola do Rei. Um grande desafio surge quando o professor Sir Sneazle, exige como tarefa de casa que Horácio mate um dragão e o traga para a aula. Exige tarefas também dos amigos de Horácio, Bernard deve fazer uma redação de cem páginas sobre a história da espada, sem nenhuma mancha de tinta, Phillip, Paul e Oscar devem salvar uma donzela em apuros.
Os meninos se reúnem na casa de Horácio tentando encontrar uma solução para as tarefas fora do comum, mesmo para alunos da Escola do Rei, e Fada Elayne ou melhor Grub, como a irmã de Horácio é conhecida, se oferece para ajudar os meninos, ela é uma menina diferente, vive às voltas com inventos mirabolantes e se ressente por não poder frequentar a escola.
Com a ajuda dos inventos de Grub eles solucionam as tarefas de Bernard, Phillip, Paul e Oscar, fica faltando apenas a tarefa de Horácio. O menino resolve sair sozinho para a sua tarefa, pois como ele poderia contar para a irmã que ele deve matar um dragão, sendo que o pai deles ama tanto os dragões que quer se tornar um deles.
Ao encontrar uma linda dragão, Horácio acaba descobrindo segredos de sua família que nunca imaginou que pudessem ser verdade, e a partir desse encontro começa uma aventura ainda maior em que ele, seus amigos e sua família salvam o Reino de Camelot.
Meu pai é um dragão é uma história de aventura que encanta e resgata os valores de amizade e a importância da família diante dos problemas e adversidades. Sem dúvida uma ótima pedida para pais e filhos.
estrelinhas coloridas…
A estante de hoje é muito legal, dá para usar sozinha ou compor um conjunto, como na foto, é compacta e bastante gráfica, o que confere um charme todo especial.
estrelinhas coloridas…
Crédito:

, upload feito originalmente por Mariana Katzwinkel.
A lendária livraria Shakespeare & Cia., em Paris é um sonho…
estrelinhas coloridas…
Esses dias me dei conta de que nunca falo das minhas leituras com o guri aqui no blog e elas são leituras tão deliciosas que agora terão um dia só pra elas. As resenhas “Ler pra cerscer” vão ser de livros infantis e começamos com uma das últimas leituras.
Mast e o planeta azul (UFRGS, 2009, 32 páginas), texto de Sônia Coppini e ilustrações de Dudu Sperb Nos conta a história de Mast, uma máquina superpoderosa que fica no Planetário de Porto Alegre e tem a capacidade de enxergar o céu bem lá no alto.
E é através dos “olhos” de Mast que vamos descobrindo como é nosso sistema solar, passeamos pelos planetas que o formam, conhecemos suas particularidades.
Também presente na leitura está a temática da preservação, dos cuidados com a Terra. Uma das partes mais interessantes é quando somos “transportados” para outras eras e descobrimos como a Terra foi quando nem existiam homens ainda, quando os dinossauros habitavam o planeta.
É uma leitura divertida, leve e bastante informativa. As ilustrações são bonitas e dialogam com o texto, contribuindo para a antecipação da leitura por parte dos pequenos em fase de alfabetização.
Este livro foi elaborado pela equipe do Planetário da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e é obra obrigatória nas escolas públicas brasileiras.
estrelinhas coloridas…
Mário de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.Era filho de Celso de Oliveira Quintana e de Virgínia de Miranda Quintana. Fez as primeiras letras em sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou na Editora Globo, quando esta ainda era uma instituição eminentemente gaúcha, e depois na farmácia paterna. Considerado o poeta das coisas simples e com um estilo marcado pela ironia, profundidade e perfeição técnica, trabalhou como jornalista quase que a sua vida toda. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em busca do tempo perdido de Marcel Proust, Mrs. Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e sangue, de Giovanni Papini. Em 1953 trabalhou no jornal Correio do Povo (Porto Alegre). Trabalhava como colunista da página de cultura, que saía no dia de sábado, e em 1977 saiu do jornal. Em 1940 lançou o seu primeiro livro de poesias, A rua dos cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966 foi publicada a sua Antologia poética, com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus 60 anos, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra. Viveu grande parte da vida em hotéis, sendo o último deles o Hotel Majestic, no centro velho de Porto Alegre, que foi tombado e transformado em centro cultural e batizado como Casa de Cultura Mario Quintana, em sua homenagem, ainda em vida. Em seus últimos anos de vida, era comumente visto caminhando nas redondezas. Segundo o próprio poeta, em entrevista a Edla van Steen em 1979, seu nome foi registrado sem acento. Assim ele o usou por toda a vida. Em 2006, no centenário de seu nascimento, várias comemorações foram realizadas no estado do Rio Grande do Sul em sua homenagem.O poeta tentou por três vezes uma vaga à Academia Brasileira de Letras, mas em nenhuma das ocasiões foi eleito; as razões eleitorais da instituição não lhe permitiram alcançar os vinte votos necessários para ter direito a uma cadeira. Ao ser convidado a candidatar-se uma quarta vez, e mesmo com a promessa de unanimidade em torno de seu nome, o poeta recusou.Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade. Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro – o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei por que sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros? Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Verissimo – que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.
Hoje fazem 16 anos que Mario Quintana se foi, e báh que perda foi a desse doce velhinho batuta. É meu poeta favorito, é o poeta maior dos gaúchos. E sabe que lamento tanto que eu nunca pude ter um dedinho de prosa com ele, e ele sempre esteve no Hotel que hoje é linda e esfervencente Casa de Cultura Mario Quintana ou na Rua da Praia, ou na praça da Alfândega e eu é que era muito criança, e mesmo amando Lili inventa o mundo, não me dei conta da oportunidade que estava perdendo. Meu acalento são as poesias que ele nos deixou, estas eternas!
Para finalizar, minha poesia favorita:
Das Utopias
Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!
Mario Quintana – Espelho Mágico
estrelinhas coloridas…
Créditos: