Faz dias que terminei minha primeira leitura para o Desafio Literário e confesso que demorei para escrever a resenha, assim como demorei para decidir o livro. Decididamente, este tipo de literatura, mais água com açúcar não é para mim 😉
E vamos a resenha:
O vinhedo (editora Bertrand Brasil, 2006, 434 páginas), de Bárbara Delinski nos leva para o Vinhedo de Aquonset junto com Olivia Jones, que foi contratada para escrever as memórias da dona do local, Natalie Seebring, cuja família considera uma mulher refinada e dedicada as rodas sociais mas que choca a todos quando seis meses após ficar viúva anuncia seu casamento com um empregado do vinhedo. Diante da indignação do filho e da filha, é que ela resolve escrever sua história, na esperança de que eles compreendam suas motivações.
Olívia vê sua ida para Aquonset como uma tábua de salvação, ela está prestes a ficar desempregada, sua filha sofre de discriminação por ser disléxica, tem um namorado de quem não gosta, sua mãe a abandonou quando ela tinha 17 anos e seu maior sonho é ter uma família.
A ida para Aquonset mostra a Olívia uma realidade e uma história bastante diferente da que ela havia idealizado através das fotos de Natalie que ela restaurou. Ela então precisa desconstruir este imaginário para se abrir para a história real.
Natalie é uma personagem forte, que soube usar as adversidades como propulsores para a luta diária da vida. As partes em que relata suas memórias para Olívia são sem dúvida uma parte muito interessante da trama, fazendo inclusive com que Olívia deixe de enxergar o passado com lentes cor de rosa.
O que incomoda na história é a previsibilidade dos acontecimentos, não há surpresas, os clichês percorrem os dois fios narrativos do livro, a história de Natalie e a história de Olívia.
estrelinhas coloridas…