– a pequena padaria do Brooklyn, Julie Caplin

A pequena padaria do Brooklyn é o segundo volume da série Destinos Românticos, publicada pela Editora Arqueiro, da autora Julie Caplin. O primeiro livro é O Pequeno Café de Copenhague, que eu adorei demais. Apesar da coleção ter uma pequena ligação, os livros podem ser lidos de forma independente.

Nesse segundo livro, acompanhamos a personagem Sophie Bennings que viajou para Copenhague com a protagonista do primeiro livro. Ela segue escrevendo sua coluna culinária em Londres e aguardando seu amor James lhe propor em casamento.

Após uma imensa desilusão amorosa, Sophie aceita sem refletir muito um emprego temporário em Nova Iorque. Lá se instala no apartamento em cima de uma pequena padaria no Brooklyn e faz amizade com Bella, a proprietária da padaria e do apartamento e com Todd, seu colega de trabalho e primo de Bella.

Sophie foca em seu trabalho e não quer saber de relacionamentos amorosos, mas como já é de se esperar no desenrolar da história o relacionamento dela e de Todd vai amadurecendo.

É uma história leve e delicinha de ler. Tem todos os clichês possíveis, mas para mim isso não é nenhum problema porque é isso mesmo que espero de um livro romântico! É bem como diz June French:

“É claro que tem que ter um felizes para sempre. Estou cansada dessa pergunta. É um romance! Esse é o acordo que a gente faz com os leitores. É a misoginia pura e simples. Você não vê ninguém falando para os leitores de mistério que eles são bobos e superficiais por quererem saber quem era o assassino no fim do livro. Vai se ferrar.”

– June French para a Cosmopolitan

✦✦✦✧✧

Que a força da Leitura esteja com você ・゚

– o último sorriso na cidade partida, Luke Arnold

Fetch Phillips é um detetive particular ou como ele se intitula: um faz tudo. Ele realiza diversos tipos de trabalho, desde procurar cachorros perdidos até ser guarda-costas, mas os negócios não vão bem A trama inicia com ele investigando o desaparecimento de um professor e é através disso que conhecemos mais sobre seu mundo e a cidade de Sunder City.

A cidade é muito importante e abriga diversos seres mágicos que perderam seus poderes em um evento conhecido como Coda, sim é isso mesmo, a mágica desapareceu por culpa dos seres humanos e agora elfos envelhecem, dragões não voam mais, magos não manipulam mais a magia.

A premissa do livro me fisgou assim que li a sinopse: uma fantasia urbana, investigação, mistério, seres mágicos e intrigas, tinha tudo para ser uma baita história mas ainda assim não curti tanto o livro. A história tinha bastante potencial, uma construção de mundo bem interessante mas não teve um desenvolvimento fluido e partes da história foram conectadas de forma bastante superficial.

Não simpatizei com o personagem principal, Fetch, apesar dele ser irônico e sarcástico como adoro, ele também é extremamente auto depreciativo e com falas machistas e misóginas, aí já viu, um pulo para eu não gostar do cara.

Uma coisa que curti no livro apesar de ele ter sido lançado como o primeiro de uma série é que ele é um arco fechado e a investigação inicial se encerra, porque sem dúvida não lerei os próximos livros da série.

Que a força da Leitura esteja com você ・゚✧

Aconteceu naquele verão

Essa talvez seja a melhor coisa de estar em um relacionamento: poder compartilhar o fardo de estar vivo. (“Lembranças”)

Para a leitura de março do Desafio Corujesco escolhi o livro Aconteceu naquele verão. A obra tem doze contos que são verdadeiros tributos à estação mais quente do ano. Cada conto foi escrito por um autor diferente o que torna a obra bem diversificada. Como fio condutor das histórias temos, além do verão, temas relacionados ao universo young Adult (YA), como casais apaixonados, reencontros, despedidas, inseguranças e amadurecimento.

Algumas histórias têm elementos fantásticos, o que já me conquistou de primeira. Outras são tão críveis e realista que parece que está acontecendo ao nosso lado. Também gostei da pegada sci-fi de dois contos, um bem futurista (Inércia, de Veronica Roth) e outro com um loop temporal (O mapa das pequenas coisas perfeitas, de Lev Grossman)

Um destaque negativo foi o conto Prazer Doentio (Francesca Lia Block) não gostei da forma como os personagens foram construídos e a protagonista é extremamente apática e irresponsável em suas frustradas tentativas de vivenciar novas experiências.

Em uma coletânea de contos sempre gostamos mais de uma ou outra história mas de forma geral gostei bastante na obra. Com destaque para três contos que amei de paixão: “Mil Maneiras de Tudo idsso dar Errado (Jennifer E. Smith), O mapa das pequenas coisas perfeitas (Lev Grossman) e Em noventa minutos, vá em direção a North (Stephanie Perkins).

Aconteceu naquele verão é uma leitura leve, despretenciosa e apaixonante. Cada história traz personagens interessantes, tramas bem desenvolvidas com temas importantes. Além de ter uma das capas mais fofas da minha estante, nela é possível reconhecer o casal principal das histórias.

Doze histórias de amor:

Cabeça, escamas, língua, cauda – Leigh Bardugo
O fim do amor – Nina Lacour
O último suspiro do cinemorte – Libba Bray
Prazer doentio – Francesca Lia Block
Em noventa minutos, vá em direção a North – Stephanie Perkins
Lembranças – Tim Federle
Inércia – Veronica Roth
Amor é o último recurso – Jon Skovron
Boa sorte e adeus – Brandy Colbert
Nova atração – Cassandra Clare
Mil maneiras de tudo isso dar errado – Jennifer E. Smith
O mapa das pequenas coisas perfeitas – Lev Grossman

Que a força da leitura esteja com você!

Canais Literários

Confesso que não sou uma adepta aficionada de canais no youtube, mas tem alguns que eu gosto muito de acompanhar, principalmente porque produzem conteúdos interessantes e que fogem do um pouco do lugar comum. Alguns deles não são exclusivamente literários, mas volta e meia falam de literatura. Deixo com vocês os meus 7 canais preferidos. Ah, quem tiver dicas, deixa nos comentários 😉

Que a força da leitura esteja com vocês 😉

 

Dia do leitor… e o retorno

Hoje é celebrado, mundialmente, o Dia do Leitor e como é um dia especial para os bibliófilos de plantão, também o escolhi para ser o dia do retorno do blog.

Depois de um ano conturbado, repleto de problemas de saúde, é tempo de regressar! Para marcar este retorno vou registrar minhas metas literárias para 2017.

Sempre participei de desafios literários, contudo venho observando que tenho me sentido meio presa, sempre cumpro as metas, mas as leituras não tem sido tão prazerosas quanto deveriam ser. Então esse ano, inspirada na leitura de blogs queridos, decidi traçar metas diferentes que me deixem mais a vontade mas que ainda assim sejam desafiadoras. Vamos à elas:

  1. Ler no pelo menos 43 livros.
  2. Concluir uma das séries iniciadas e com todos os volumes já publicados.
  3. Fazer leituras de 3 países diferentes (Projeto Volta ao Mundo em 198 Livros)
  4. Reler Sandman, Neil Gaiman.
  5. Ler um conto por semana.
  6. Ler um dos livros indicados pela Rory Gilmore.
  7. Ler 7 livros do desafio literário  “Livros para viajar para outros mundos”,  do marcador da Livraria Cultura.

Que a força da leitura esteja com vocês! 😉

Salvar

Salvar

Tipos de Ex libris

Como uma das minhas temáticas prediletas dentro da bibliofilia é o “ex libris” hoje volto a falar deles, mais especificamente dos tipos de “ex libris”.

Diversos estudiosos dividem os “ex libris” em quatro categorias:

1) Etiquetas: não trazem imagens além do nome do proprietário, e podem ser acompanhado de ornamentos. Nesta categorias temos como exemplo o “ex libris” do artista Wandy Warhol.

2) Armoriados ou heráldicos: quando o motivo principal do desenho consiste de brasões ou insígnias de indivíduos, cidades, associações etc. Um exemplo muito bonito desta categoria é o “ex libris” de António Pinheiro Marques

3) Simbólicos: quando trazem imagens que traduzem ideias, lemas de vida, ocupações etc., que não tenham caráter heráldico. Esta categoria é bastante ampla e como exemplo temos o “ex libris” do médico Richard Irwin Darnell:

4) Paisagísticos: quando reproduzem cenas rurais, urbanas, marinhas etc. ligadas afetivamente ao possuidor dos livros. Nesta categoria destaco como exemplo o “ex libris” de M & D McBurney.

Quando um “ex libris” pode ser enquadrado em mais de uma categoria ele é chamado de misto.

O marcador de Hitler

Este lindo marcador de páginas de ouro 18 quilates pertenceu à Hitler e tem valor estimado em US $ 13.000 e $ 17.000. O marcador foi um presente de Eva Braun à Hitler, supostamente como um consolo pela derrota de seu exército na batalha de Stalingrado. Ele tem uma gravação que diz, em parte: "Meu Adolf, não se preocupe" (a derrota) "foi apenas um inconveniente que não vai quebrar sua certeza de vitória. Meu amor por você será eterno, como o nosso Reich será eterno. Sempre sua, Eva . 3-2-43."

Livro escultura

Vários artistas que usam o livro como matéria-prima para suas obras já apareceram por aqui, mas o livro escultura deste post é bem mais impressionante, ele foi criado pela parceria do escritor Jonathan Safran Foer, autor de “Tudo se Ilumina” e “Extremamente alto e incrivelmente perto”, com a Visual Editions. Em Tree of codes cada página foi recortada com moldes diferentes e a narrativa foi “esculpida” a partir do livro favorito do autor: “The Street of Crocodiles do escritor polaco Bruno Schulz (1892-1942) criando um texto totalmente novo. O processo de escrita e corte levou mais de um ano, mas o difícil mesmo foi encontrar um gráfica que topasse o desafio, a justificativa mais ouvida por ele era que a ideia era ótima na teoria, mas completamente ipossível de se fazer em ampla escala, por fim uma gráfica belga decidiu se arriscar.

Neste video é possível ver a reação de alguns leitores no primeiro contato com a obra. E neste outro como foi o processo de confecção do livro.

 

Ex libris de Alvaro Moreyra

O escritor gaúcho Alvaro Moreyra (Porto Alegre, 1888 – Rio de Janeiro, 1964) foi um comunista devoto de São Francisco de Assis e um acadêmico que, ao ver-se no fardão de imortal da Academia Brasileira de Letras, achou-se parecido com um porteiro de edifício. Eleito em 1959 para a ABL, ocupou a cadeira 21, sucedendo a Olegário Mariano. Ele tinha um Ex libris muito bonito, que foi desenhado pro Di Cavalcanti.

Para que quiser saber mais sobre este autor muito pouco conhecido atualmente, recomendo a leitura deste artigo.

A menor biblioteca do mundo

Jozsef Tar é apaixonado por livros, mas a paixão é por livros pequenos, muito pequenos, os maiores exemplares que ele tem em sua biblioteca não chegam a medir 10cm. O menor exemplar chega a espantosos 0,29cm X 0,32cm.

Ele começou sua coleção em 1972 e atualmente tem 4000 peças. A maioria dos livros são húngaros mas ele também tem exemplares oriundos do Canadá, México, EUA, Austrália, Japão e de quase todos os países europeus.

Se tu te interessou em começar um biblioteca dessas, entre em contato com Jozsef que ele tem exemplares para troca.